Convidada pela Universidade Estadual do Centro-Oeste
(Unioeste), a ENERBIOS participou da XXIV – IRACONT (Semana de Estudos de Contabilidade
da Unicentro) na última quinta-feira (9) em Prudentópolis. Essa participação
foi feita por meio de uma palestra realizada pelo diretor-presidente Ivo
Pugnaloni aos 150 estudantes e professores participantes do evento.
A palestra da ENERBIOS serviu para tratar dos aspectos socioambientais
e resultados econômicos e fiscais da implementação das Pequenas Centrais
Hidroelétricas (PCH) nos quilômetros 10, 14 e 19, localizadas no Rio dos Patos.
O engenheiro apresentou os efeitos positivos que
as PCHs terão no Vale do Rio dos Patos. Um dos benefícios citados foi a criação
de uma Área de Preservação Permanente (APP) junto aos empreendimentos, com extensão
duas vezes superior à área inundada com a construção das usinas.
“A presença das PCHs melhoram o meio ambiente como um todo. A
área alagada com as três usinas é de apenas 8 alqueires, ou seja, quase nada.
Com a APP, serão plantadas espécies nativas que eventualmente foram removidas
em anos. Isso diminui muito e pode até evitar a erosão das margens,
contribuindo para o não assoreamento do rio”, destacou Ivo Pugnaloni.
“Além disso, a qualidade da água também melhorará graças à
avaliação laboratorial que será realizada a cada três meses. Aliado a esse
acompanhamento, uma utilidade das PCHs é o fato que elas servem como um ‘filtro’
das coisas que são jogadas rio acima”, lembrou ele. “A construção das usinas
deve, ainda, fazer com que a Sanepar conclua as obras planejadas para o
esgotamento sanitário da região”, emendou.
De acordo com Pugnaloni, a expectativa é que os primeiros
licenciamentos ambientais das três PCHs do Vale do Rio dos Patos saiam em julho
de 2015.
![]() |
Ivo Pugnaloni, ao centro, junto com acadêmicos e os professores Ana Lea, Mônica, Celso Rosa, Marcelo e Flávio |
Cartilha de
conscientização
Durante a apresentação, além de dados específicos dos
impactos ambientais pela construção das três PCHs, foi exibida a nova cartilha
da Associação Brasileira de Fomento às Pequenas Centrais Hidroelétricas
(ABRAPCH). Intitulada “PCHs: mitos e verdades”, a publicação tem como objetivo
expor qual a importância das PCHs para o meio ambiente, a segurança do
fornecimento de energia e o equilíbrio da tarifa de energia no Brasil.
“Serão impressos 1 milhão de exemplares com o resumo da
situação energética do Brasil. Essas cartilhas serão distribuídas para
estudantes de Engenharia, Direito e cursos relacionados à questão econômica e
sócio-ambiental de todo o país”, destacou Pugnaloni.
Alerta sobre o
fracking
Aproveitando a oportunidade concedida pela Unicentro, Ivo
Pugnaloni ainda falou sobre o fracking. Ele discursou sobre os perigos trazidos
com a concessão dada pelos leilões para a exploração do gás de xisto por meio
desta prática prejudicial ao meio ambiente.
“O que a gente estranha mais é que, tendo em vista todo o
ódio que se tem pelas PCHs, alguns fazem silêncio absoluto quanto ao fracking.
Mesmo sendo um processo que polui os mananciais subterrâneos, como os aquíferos
Guarani e Serra Geral localizados na região de Prudentópolis”, pontuou o
engenheiro. “Não há mobilização ou preocupação qualquer desta
prática importada dos Estados Unidos, justamente de onde vem o capital que
patrocina a campanha contra as fontes hidrelétricas”, alertou.
Junto com a cartilha da ABRAPCH, Pugnaloni entregou um relatório
à Unicentro que mostra de onde vem o financiamento das campanhas contra as PCHs
e que, ao mesmo tempo, silenciam no que se refere ao fracking.
Nenhum comentário:
Postar um comentário