
O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, voltou a defender ontem a construção de novas usinas nucleares no País, ampliando o seu parque gerador nuclear. Ele disse que estão previstas a instalação até 2030 de mais quatro usinas e até 2050 de outras oito usinas. Em apresentação na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, o ministro disse que estas térmicas são importantes.
“Não seremos uma Alemanha, uma França
ou um Japão em energia nuclear, mas não podemos abrir mão da tecnologia em função da segurança energética e do custo dessa energia. Ela é muito mais barata”, argumentou o ministro.
ou um Japão em energia nuclear, mas não podemos abrir mão da tecnologia em função da segurança energética e do custo dessa energia. Ela é muito mais barata”, argumentou o ministro.
Apesar do “tarifaço” nas contas de luz
que o governo autorizou para este ano, que para alguns consumidores
chegará próximo dos 50%, Braga alegou que o aumento do custo da
eletricidade desde 2011 ainda é menor que a inflação acumulada no
período. Ele voltou a defender a necessidade de aplicação do chamado
“realismo tarifário” em 2015 e disse que o preço pago pela energia no
Brasil só será compatível com patamares internacionais em 2018.
“O IPCA acumula uma alta de 23,5% desde
janeiro de 2011 e, mesmo com os reajustes nas tarifas até agora neste
ano, a conta de luz média aumentou 21,5% no mesmo período”, afirmou.
No dia 27 de fevereiro, a Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou uma revisão extraordinária
nas tarifas com impacto médio de 23,4% nas tarifas das distribuidoras de
luz. Além disso, todas as companhias ainda terão seus reajustes anuais
em 2015 conforme o cronograma normal do órgão regulador.
Braga afirmou que o governo quer chegar
em 2018 a uma tarifa de eletricidade compatível com o custo médio
mundial da energia. “Queremos chegar em 2018 com uma tarifa de energia
compatível com custo da eletricidade no mundo. Estou falando do custo
real, sem impostos como o ICMS, que equivalem a 30% do preço praticado
hoje”, projetou.
O ministro elencou iniciativas que podem
ajudar a levar as tarifas para patamares mais próximos de parâmetros
inter nacionais, como a contratação de novos empreendimentos de geração
com a diversificação das fontes nos leilões para os próximos anos e
mudanças que podem ser feitas nos combustíveis usados atualmente em
usinas térmicas.
Indicadores de qualidade
Segundo Braga, a Aneel irá estabelecer
cinco indicadores de qualidade para medir a satisfação dos consumidores
de eletricidade a partir da renovação das concessões das distribuidoras
do setor. Atualmente, as empresas são cobradas em relação ao número de
interrupções de fornecimento (FEC) e a duração dessas quedas de energia
(DEC).
“O DEC e o FEC não podem ser os únicos
instrumentos para medir qualidade dos serviços. A Aneel terá cinco
indicadores para medir satisfação dos consumidores. Não é possível
querermos ter realismo tarifário sem que tenhamos uma grande prestação
de serviços ao consumidor”, completou.
Os contratos de distribuição começam a
vencer em junho deste ano e o governo já adiantou que a intenção é
renovar as concessões com todas as empresas, desde que elas cumpram
novas metas de investimentos e de qualidade.
“É preciso que a qualidade na
apresentação de serviços seja prioridade para as distribuidoras. Aneel
irá exigir uma meta de investimentos quinquenal com acompanhamento de
submetas anuais, sob pena até mesmo de perda da concessão”, acrescentou.
Segundo o ministro, a renovação das
concessões virá acompanhada de um plano de recuperação financeira para o
setor, que tem apresentado graves problemas de caixa nos últimos três
anos.
De acordo com o diretor da Aneel, André
Pepitone, além das metas de interrupção, o órgão também irá cobrar metas
sobre o índice de reclamações, o serviço de teleatendimento das
empresas, o indicador de eficiência com perdas de eletricidade e a
manutenção da tensão nas redes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário