.jpg)
A Light planeja utilizar os recursos da potencial venda de sua participação de 16% no capital da Renova Energia para a construção das hidrelétricas de Itaocara e Lajes, ambas no Rio de Janeiro. A empresa prevê desembolsar cerca de R$ 210 milhões na implantação das duas usinas.
“Esse recurso da Renova vai ajudar a
tocar esses projetos de geração”, afirmou ontem o presidente da Light,
Paulo Roberto Pinto, em teleconferência com analistas e investidores
sobre os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2015, um lucro
de R$ 129 milhões.
O executivo disse que a empresa está com
o “radar ligado” para a possível venda de sua fatia na Renova, mas não
deu mais detalhes. “Tivemos recentemente uma entrada bastante forte da
Cemig [controladora da Light] no controle da empresa [Renova Energia].
Do ponto de vista de governaça, o entendimento é que a Cemig já está
atuando diretamente. A Light tem que buscar outros desafios”, afirmou
Pinto.
Na última semana, o Valor informou que a americana SunEdison negocia a compra da participação da Light na Renova Energia.
Sobre Itaocara, usina de 150 megawatts
(MW) de potência, no do Paraíba do Sul, a Light calcula uma taxa de
retorno para o investimento da ordem de 10%, segundo o diretor de
Energia da empresa, Luiz Femando Guimarães. A empresa arrematou a
concessão do empreendimento em parceria com a Cemig em leilão na semana
passada.
“[A Light] se aproveitou de uma
negociação muito forte com os empreiteiros, aproveitando o momento em
que o mercado está pouco demandado por parte da construção civil e nos
favoreceu a conseguir condições melhores de preço”, explicou Guimarães.
Com relação às perdas de energia, os
diretores da empresa admitiram que o impacto do “realismo tarifário”
pode aumentar o nível de inadimplência e, principalmente, de furto e
fraude de energia, colocando em risco o alcance da meta de perdas de até
39,92% em agosto, acordada com a Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). O índice de perdas comerciais reportada pela Light no primeiro
trimestre foi de 39,88%, abaixo do teto estipulado pela autarquia. O
presidente da Light disse que a companhia mantém a expectativa de
atingir a meta em agosto.
“Se levarmos em conta de que novembro
[de 2014] a março [de 2015], a tarifa da Light chegou a subir 60%, o
risco [de aumento da inadimplência e do furto de energia] é grande. Mas
não perdemos o foco da meta da Aneel para 15 de agosto”, disse Pinto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário